×

Sistemas buscam tornar cartórios inclusivos para surdos

Sistemas buscam tornar cartórios inclusivos para surdos

23 de abril o Dia Nacional da Educação de Surdos  e para enaltecer essa data serviços oferecem velocidade, interatividade e acessibilidade no atendimento por meio de um canal digital

 

No dia 23 de abril, se comemora o Dia Nacional da Educação de Surdos, com o propósito de rememorar as lutas e celebrar as conquistas da comunidade, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 10 milhões de brasileiros são surdos, o que representa 5% da população. Dentre eles, 2,7 milhões têm surdez profunda, ou seja, não conseguem ouvir nada.

Essas são pessoas, cidadãos que enfrentam diariamente uma série de dificuldades de acesso devido à sua condição auditiva. Com o intuito de tornar os cartórios mais inclusivos para esse público, em 2023, a plataforma de atendimento em Língua de Sinais, ICOM, em colaboração com a Associação dos Notários e Registradores do Brasil (Anoreg-BR), lançaram o projeto “Cartórios Acessíveis”.

A iniciativa busca promover a inclusão em todos os serviços notariais e registrais, para garantir que todos possam atender a uma pessoa surda com agilidade, interatividade e acessibilidade por meio de um canal digital.

 

 

Outro sistema já implantado dentro dos tabelionatos de notas, é o de atendimento para deficientes auditivos, como o Sistema de Atendimento aos Deficientes Auditivos da Anoreg/SP, criado para atender à Lei Federal nº 13.146/15, que proíbe os serviços notariais e registrais de negarem ou dificultarem o atendimento às pessoas com deficiência.

A medida permite que, durante o atendimento presencial no cartório, um intérprete de Libras esteja disponível por videoconferência. Um dos 1º tabelionatos de notas do Estado de Goiás, o Cartório Bruno Quintiliano tem oferecido esses serviços, garantindo que a população com deficiência auditiva da região tenha acesso aos principais atos civis.

“Aqui no cartório, nenhuma pessoa com deficiência auditiva sai sem atendimento. O sistema facilita a comunicação com aqueles que, por algum motivo, não utilizam o mesmo padrão de comunicação que nós e, por isso, acabam se sentindo excluídos do mundo”, pontua Bruno Quintiliano, conselheiro da Arpen Goiás, vice-presidente da Arpen Brasil e tabelião do cartório que leva seu nome em Aparecida de Goiânia.

Ainda segundo o tabelião, a vida de cada pessoa passa pelos cartórios. “Essas iniciativas reforçam o compromisso dos notários e registradores com a acessibilidade, que se torna cada vez mais necessária para que a inclusão aconteça de fato e por direito”, finaliza.

Publicar comentário